VÊNUS TRANSITA POR GÊMEOS: DIÁLOGO QUE NUTRE E AFETO QUE CURA
- Sri Hadesh

- 24 de jul.
- 3 min de leitura
26 DE JULHO A 20 DE AGOSTO
Astrologia Védica

Amar é deixar de buscar no outro o que
ainda não se ofereceu a si mesmo.
Após a Lua Nova em Câncer, no nakshatra Pushya — símbolo do nutrir e da proteção, Vênus se despede do seu lar terreno e estável em Touro para adentrar na esfera mutável, comunicativa e idealista de Gêmeos. Este é um campo regido por Mercúrio e, no momento, abençoado pela presença expansiva de Júpiter.
Quando Vênus ingressa em Gêmeos no dia 26 de julho, podemos perceber um sutil despertar no campo dos afetos: uma sensação de urgência, um chamado a expressão amorosa, ao prazer na troca e a leveza nos vínculos. Surge o desejo de comunicar sentimentos, de compartilhar beleza por meio das palavras, do toque mental e emocional.
Enquanto isso, a presença de Câncer, no nakshatra Pushya, símbolo do amor que nutre e cuida, nos conduz ao lar interior, onde habita a criança ferida. Aquela que, um dia, desejou ser amada, ouvida e acolhida incondicionalmente. A integração desses dois movimentos celestiais, Vênus em Gêmeos e Câncer em Pushya, nos oferece uma oportunidade preciosa: a experiência entre o diálogo que nutre e o afeto que cura. Palavras podem se tornar bálsamos, e a escuta, um gesto de amor que regenera o que um dia foi silenciado.
Esse encontro entre a leveza mental de Vênus em Gêmeos e a profundidade emocional de Câncer no nakshatra Pushya, ilumina um momento cósmico especialmente sensível, que reverbera diretamente nas memórias da nossa criança interior.
Se, em algum momento da infância, faltou nutrição emocional, ou se ficaram registrados sentimentos de abandono, rejeição ou negligência, este trânsito pode atuar como um espelho que ativa tais memórias adormecidas, trazendo à consciência uma certa intensidade emocional.
Com Vênus em Gêmeos, essas memórias tendem a emergir através da comunicação: nas conversas cotidianas, nos mal-entendidos ou nas palavras que tocam antigas feridas.
FOCO TERAPÊUTICO NESTE PERÍODO:
É um tempo propício para observarmos, com atenção plena e acolhimento, a tendência inconsciente de repetir histórias do passado: esperando que nossos parceiros ou amigos preencham lacunas deixadas por nossos pais ou cuidadores. A consciência desse movimento é o primeiro passo para interrompermos ciclos de sofrimento e transformarmos relações em espaços de cura, e não de repetição.
Este período poderá intensificar uma certa carência por atenção excessiva e validação verbal, muitas vezes impulsionados pelo medo de não ser amado exatamente como se é. Também pode emergir a tendência inconsciente de projetar em relações românticas a expectativa de receber o tipo de cuidado materno ou paterno que talvez tenha faltado no passado.
O grande portal de cura deste momento está justamente na possibilidade de reconhecer, acolher e desenvolver maturidade emocional: expressar o que se sente com autenticidade, mas sem recorrer à manipulação afetiva, drama ou a dependência emocional.
Compreender, com ternura e consciência, que os relacionamentos não são espaços para “ser cuidado como uma criança”, mas sim terreno humanizado para que dois seres caminhem juntos em amadurecimento mútuo.
Por isso, este é um período especialmente favorável para iniciar ou aprofundar um processo terapêutico voltado à criança interior. A escuta acolhedora, o reconhecimento das dores da infância e o resgate da autonomia emocional são caminhos de cura que podem transformar não só a forma como nos relacionamos, mas também a forma como nos sentimos em nosso próprio lar interno.
OM DRAM DREEM DROUM SAHA SHUKRAYA NAMAH
_______________ Por sri Hadesh
Cálculos em Lahiri Chitrapaksha ayanamsha.

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